Por onde passou a derrota do Inter para o Mazembe no Mundial de Clubes


O Mazembe deu mais uma prova nesta terça-feira de que o futebol ainda é capaz de surpreender. Como pode um time da República Democrática do Congo vencer um time brasileiro, campeão da América? Sorte? No caso na equipe africana foi muito mais do que isso. O Inter, é claro, também colaborou para a vitória histórica do futebol africano.

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Chances perdidas

Talvez a principal falha do time de Celso Roth foi não ter matado o jogo quando estava melhor em campo. No começo do jogo, o Inter acossou o Mazembe, criou chances, mas não concluiu. Rafael Sobis perdeu uma chance incrível, depois de receber cruzamento de Alecsandro. O centroavante também desperdiçou quando recebeu de Tinga, demorou e concluiu em cima da zaga. No segundo tempo, Giuliano recebeu livre na área e poderia ter empatado. Mas bateu fraco e facilitou a defesa de Kidiaba.


Queda no ritmo
O Inter cumpriu o que prometeu e sufocou o Mazembe nos primeiros minutos. Mas foi só. Depois que se assentou em campo, o time africano começou a impor dificuldades aos gaúchos, que não conseguiram manter o mesmo ritmo. No segundo tempo, a equipe de Celso Roth voltou desconcentrada e permitiu o crescimento do adversário. Na sequência, sofreu o gol.


Sem poder de reação
O gol de Kabangu aos sete minutos do segundo tempo atordoou o Inter. Ainda faltava muito tempo para o final do jogo, o Inter não tinha nenhum jogador expulso. Portanto, era perfeitamente natural que o Inter retomasse o controle da partida e buscasse o empate e até a virada. Não foi o que aconteceu. A equipe se desorganizou em campo e só chegou ao gol de Kidiaba na base do abafa. Além disso, em nenhum momento a pressão se tornou insuportável. A todo o momento, o Mazembe conseguia escapar e respirar um pouco para depois se reposicionar de maneira mais defensiva.


Zaga exposta
Com a saída contínua dos dois volantes, os zagueiros do Inter ficaram expostos durante vários momentos da partida. Com adversários velozes, seria importante uma cobertura maior a Índio e Bolívar, que são dois zagueiros pesados. No primeiro tempo, Bolívar já havia salvado no último momento um perigoso ataque do Mazembe. Já na segunda etapa, Guiñazu tentou desesperadamente conter um contragolpe, mas foi driblado e, sem proteção, a zaga do Inter não conseguiu se recuperar.

Mudanças de Roth
O técnico Celso Roth não foi feliz na tentativa de reverter o panorama da partida na segunda etapa. Logo depois do primeiro gol, ele sacou da equipe Tinga e Alecsandro e colocou Giuliano e Leandro Damião. As mudanças teriam de acontecer, mas Tinga poderia ter permanecido na equipe. Wilson Mathias era o mais indicado a sair naquele momento. A terceira mudança também foi bastante questionável. Ele tirou da equipe o atacante Rafael Sobis, o jogador mais incisivo do Inter durante toda a partida, para colocar o menino Oscar, de apenas 18 anos.

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